One Piece: Caçadores #02 (Cirwban)


Olá pessoas!
A primeira sessão de jogo serviu mais de teste, funcionando como um oneshot. Assim, estava na hora de um arco mais interessante. Cada arco que estou criando possui três características principais, o que facilita o meu preparo, sendo: um objetivo (é o que eu espero para o mesmo, a fim de não perder o foco na hora de guiar a história); um plot/tema (que dará ao mesmo uma aparência e sendo o caminho a ser seguido pelas personagens); e um problema (que gerará os principais conflitos, moldando dos detalhes do tema e levando o arco ao seu objetivo). Mas chega de papo, pois é hora da aventura!

Índice da Aventura: Introdução#01#02#03#04#05#06#07#08#09#10#11 (Final)

ARCO 02 - CIRWBAN
A CIDADE DOS PIRATAS (2ª Sessão)
Gwen, a garota das ruas.
Eis que nossos novos caçadores de piratas seguiram para Cirwban, um porto livre da Marinha. Com a T.A.R.D.I.S. avariada após a fuga ousada, a tripulação precisava de um carpinteiro para concertar a embarcação. Além disso, não poderia ser qualquer um, pois o cômodo mágico expansível do navio também fora avariado. Assim sendo, eles desembarcaram em Cirwban com o objetivo de concertar o navio e então seguir para a Grande Rota.

Dash (Bulba) seguiu atrás de madeira para o navio, mas quase foi extorquido pelos “aproveitadores” locais. Já D. Ten (Leish) foi em busca de um carpinteiro com qualidades técnicas suficientes para concertar o navio, ouvindo falar de um homem chamado Loki que poderia ser útil, mas sem descobrir onde ele trabalhava. Já Yuri (TL) tentou fazer o mesmo que Ten, mas apenas esbarrou num bando de crianças de rua, assustando-as com seus poderes e ajudando Gwen, uma garotinha local, que estava fugindo das demais. Gwen falou para Yuri que conhecia um ótimo carpinteiro, sendo seu tio, podendo levá-lo até lá. Sem muito sucesso em suas buscas, Dash e Ten retornaram ao navio apenas para descobrir que o mesmo fora abandonado por Will (que saiu para aproveitar as muitas mesas de carteado espalhadas pela cidade), e estava para ser roubado por três piratas liderados por Estoico “Tranças Ruivas”, o usuário da Akuma no Mi da lã. Com a ajuda de Yuri, que chegou logo depois, e suas frutas do tipo logia, eles conseguiram se livrar facilmente dos piratas, enxotando-os de lá.

O trio seguiu Gwen até um casebre fora da cidade, onde encontraram um velho de aparência austera e forte que se apresentou como Loki. A princípio ele não quis ajudar os jovens, ainda mais após terem sido grosseiros com ele, mas acabou aceitando ao menos dá uma olhada no navio. Ao retornarem, esperando ver Loki mais tarde, o trio foi abordado por dois homens e uma mulher bem vestidos. Eles queriam informações sobre Loki, que afirmaram ser um pirata procurado chamado Saer. Como não conseguiram o que queriam, o trio adotou uma postura mais ofensiva, apresentando-se como assassinos do CP-5 e reconhecendo a tripulação como a foragida de Lockhart. O combate foi intenso e, como a posterior ajuda de Will (que chegou para salvar o dia), o trio de assassinos acabou tendo que recuar.

Regra: de fato, o combate foi intenso. Como usuários da arte marcial Rokushiki, os CP-5 se provaram um verdadeiro desafio para as personagens, ainda mais por não terem contado com a presença de Will (o tanque) durante quase todo o combate. Mas o maior problema foi o fato dos poderes do CP-5 estarem desbalanceados (culpa minha que não os adaptou corretamente). Além disso, a soma de efeitos iguais se provou algo desbalanceado para o Tio20 (dois Talentos que somam dano, por exemplo), quebrando o sistema em níveis mais avançados. Isso me forçou a mudar a regra dos Talentos, limitando-os a não somar efeitos iguais, usando apenas os maiores deles e os diferentes (Talento de perfurar armadura com um de dano e outro de ataque, por exemplo, ainda podem ser somados).

Loki apareceu pouco após o combate, onde foi questionado sobre os assassinos. Ele explicou que de fato o chamam de Saer e que está sendo caçado há alguns anos. Sem muita escolha, ele aceitou o trabalho de concertar o barco e entrar temporariamente para a tripulação da T.A.R.D.I.S., junto com Gwen. E tal decisão veio na hora certa, pois logo após concertar o navio o CP-5 voltou com reforços, forçando-os a fugir o mais rápido possível.

Off game: como Nachos abandonou o RPG, tive que perguntar aos demais jogadores se eles queriam Will como um NPC na tripulação. Como não se importavam, consideramos que o jovem gênio do carteado desejou ficar em Cirwban aproveitando mais os prazeres que o local poderia oferecer a uma oportunista como ele, desejando boa sorte na jornada de seus amigos.

FUGA NA MONTANHA REVERSA (3ª Sessão)
Saer, o carpinteiro lendário.
Cirwban, o porto livre dos piratas do South Blue ficou para trás. Entretanto, uma sombra crescia no horizonte. Alheios a tais problemas, os caçadores aproveitaram os dias de paz em direção a Montanha Reversa para conhecer mais uns aos outros e seus desejos. Yuri quer achar os pais que nunca conheceu. Ten não quer ficar a sombra do avô e do pai, fazendo sua própria fama. Dash quer encontrar o pai e organizar a sua vida. A pequena Gwen já estava feliz por agora ter muitos amigos, assumindo uma posição definitiva na cozinha, ajudando como podia. Já Saer se manteve mais afastado de todos, observando e sendo observado. Ele não falou muito durante a viagem, arrumando um lugar para montar sua carpintaria no cômodo expansível do navio. Entretanto, após alguns dias velejando juntos, Saer não pôde evitar conversar com Dash, vendo no jovem uma figura mais responsável que nos demais, e com Yuri, por ele lembrar uma moça que conheceu no passado, mas que soube anos depois haver morrido, sendo esta a mãe do garoto, entregando-lhe um pingente com uma foto dela. Com Ten ele se manteve formal, evitando falar muito do passado.

Os dias passaram e eles alcançaram a Montanha Reversa, a única forma de entrar pela Grande Rota sem o controle direto do Governo Mundial. Entretanto, uma esquadra de 12 navios da Marinha aguardava a chegada deles. Lá estava não apenas Lupin D. Eight, avô de Ten, como também Buster Kaizer, vice-almirante e real proprietário da T.A.R.D.I.S. (isso é muito questionado em mesa sempre que se fala), e os CP-5. Sem ter para onde fugir, os caçadores decidiram que era tudo ou nada e partiram para cima da esquadra, rezando para que conseguissem passar ilesos e serem pegos pela corrente marítima que sobe a Montanha. E, por um milagre inacreditável, desviando de todas as tentativas da Marinha, eles conseguiram usar o pequeno tamanho da T.A.R.D.I.S. para seguir adiante, deixando uma centena de marinheiros atônitos (e um narrador frustrado XD).

Regra: okay, eu queria prender as personagens, mas não consegui. Entretanto, acabei me superando e descrevendo um Desafio de Perícia de forma que nem pareceu um Desafio. Além disso, esta foi a primeira vez que testamos a nova regra de Desafio, sendo preciso ter mais sucessos que falhas em 5 rolagens para ser bem sucedido. Desta vez a regra se provou mais interessante que a usada na 1ª sessão, para o alívio de todos e minha satisfação.

Os caçadores fugiram por sorte, e por mais sorte ainda escalaram a Montanha Reversa sem dano algum. Já na Grande Rota, eles chegaram ao farol do velho Crocus e conheceram a baleia Laboon. Ao aportarem para respirar fundo e pensar no que fazer a seguir, Crocus os acolheu como velhos amigos, e reconhecendo Saer de longa data. Os velhos não falaram porque se conheciam, mas pareceu que ambos tinham certa rivalidade há tempos esquecida. Crocus os explicou como navegar pela Grande Rota e como usar os log pose, entregando ele mesmo um que guardava para ocasiões como aquela. Além disso, ele entregou a Yuri uma cópia de um antigo mapa da ilha de Scarlet.

Assim, após dormirem por lá, eles levantaram vela e seguiram adiante. Entretanto, um dos navios da Marinha surgiu da Montanha, revelando o trio do CP-5 que insistiu em caçá-los. Ajudados por Laboon, os caçadores seguiram adiante e despistaram o CP-5, dando início a sua jornada pelo maior de todos os mares!

Até a próxima, aventureiros!

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